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Jorge
Görgen é Diretor de Marketing da Revista
Expressão
Saiba o que é a Revista Expressão e conheça
a pesquisa "Marcas de Expressão" que
elegeu as marcas mais lembradas do Sul do País. |

Elton: A Revista Expressão tem períodos
determinados de circulação, geralmente de dois
em dois meses. Comente para nós Jorge do que trata
a Revista Expressão?
Jorge: A Expressão é basicamente uma
revista de economia e negócios que circula há
doze anos nos três estados da região sul do Brasil.
Ela se formou através de um núcleo de jornalismo
e em seu começo publicava nformações
econômicas. Porém, com o passar do tempo, percebemos
que as empresas estavam se abastecendo de informações
sobre economia por outros meios como internet, a própria
imprensa diária e que nós não poderíamos
concorrer diretamente nesse mercado. Então passamos
a gerar alguns diferenciais através de produtos que
mantemos como Pesquisa, o Ranking das 300 Maiores Empresas
do Sul do Brasil, trabalho esse que fazemos em parceria com
a Fundação Getúlio Vargas, além
de uma edição especial com Balanços Sociais.
Ou seja, nós passamos a ter os nossos assuntos exclusivos
que acreditamos serem ferramentas para orientar as diversas
áreas de atuação e segmentação
das empresas. Tudo isso porque acreditamos que a empresas
não é só marketing e comercialização.
Uma empresa não é só indústria
do ponto de vista do processo industrial. As empresas hoje
estão interagindo com a comunidade nesse trabalho que
conhecemos como Responsabilidade Social. Esse trabalho antigamente
se restringia à filantropia, doações,
mecenato cultural e hoje já existe inclusive uma gestão
para isso. Existe também a questão da consciência
ambiental, consciência ecológica, onde a Expressão
desenvolve um trabalho forte.
Elton:
Vocês têm um trabalho específico para ecologia?
Jorge: No fim do ano, especificamente em novembro,
circula aquilo que foi o nosso carro-chefe, sendo o primeiro
trabalho inédito e exclusivo que criamos dentro da
editora no sentido de mostrar para toda a sociedade as empresas
que estão investindo, por necessidade até, na
área de desenvolvimento sustentado. O que é
isso: são as empresas que buscam alternativas de produzir
mais, porém agredindo cada vez menos a natureza.
Elton:
A circulação da revista Jorge, é feita
de que maneira?
Jorge: A distribuição da revista é
feita por mala direta de assinantes. Temos também os
mailings de federações de indústrias,
associações comerciais, SEBRAE entre outros.
Elton:
Quem quiser receber a revista tem que se cadastrar?
Jorge: Como assinante sim. Mas nós também
temos venda em bancas de revista nas principais cidades, em
aeroportos, nas capitais, e nas cidades com um perfil urbano
com maior densidade demográfica aqui da região
sul.
Elton:
Os departamentos que estão dentro da empresa: de comunicação,
de marketing...
Jorge: O coração da Expressão
é a redação. A gente sobrevive justamente
pelo fato de gerar informação nova.
Elton:
Como é feito este contato para busca de informações.
As empresas trazem as informações? Vocês
da revista que buscam junto às empresas? As agências
de publicidade e propaganda se envolvem nisso também?
Jorge:
Na parte da redação funcionamos como uma revista
normal. A formação de todos os nossos profissionais
é na área de jornalismo, inclusive a minha também,
que só fui migrar mais tarde para essa área
de marketing. Nós nos abastecemos e geramos muito conteúdo
para empresas. Passamos a interagir muito mais nesse mercado,
com um pouco mais de foco na indústria do que nas áreas
de comércio e serviços, apesar de atingirmos
hoje em dia empresas de informática, outras no segmento
de Tecnologia da Informação, energia, telecomunicações,
etc.
Enfim, chegamos nas bancas e também via assinatura
para os três estados da região sul do país
e em um percentual reduzido, na ordem de 5% a 10%, para São
Paulo e outros estados.
Elton:
Nós vamos tratar aqui com o Jorge, o que alias é
o foco da nossa entrevista, de uma edição recente
da revista que circulou com uma pesquisa sobre marcas e produtos.
No editorial, você (Jorge) fala das marcas centenárias
como Gilette e Maizena e eu queria saber na tua opinião
que força é essa que mantém em evidência
essas marcas centenárias? Vamos tratar também,
o que seria a próxima pergunta, de exemplos da força
absoluta no mercado apontados na pesquisa dessa edição
da revista, como por exemplo, a categoria Veículos,
onde a marca mais lembrada foi a Volkswagen com 32%, seguida
pela GM com 21%, Fiat com 19% e Ford com 13%. Entre os bancos,
em primeiro aparece o Banco do Brasil com 26%, seguido pelo
Itaú com 17%, Bradesco com 15% e Caixa Econômica
Federal com 12%. Na categoria postos de gasolina, em primeiro
aparecem os postos Ipiranga com 29%, depois a Texaco com 15%,
Shell 14%, Esso 13% e Petrobrás com 12%. A gente percebe
que são marcas muito conhecidas e vividas no nosso
meio ao longo dos anos. Essa é a força de lembrança
do consumidor hoje? O público jovem também percebe
isso?
Jorge: A publicidade hoje, realmente é mais
eficaz nos jovens. Quem trabalha nas áreas de marketing
e comunicação sabe disso, pois o jovem está
sempre com as "antenas ligadas". Eles são
mais perceptíveis e suscetíveis ao impacto da
propaganda, da internet, dos veículos de comunicação.
Eles percebem isso e são os primeiros consumidores.
Vão para os shoppings e determinam as tendências
e tudo mais.
Agora, naquele caso que você citou da Maizena e da Gilette,
acaba entrando muito a questão do hábito arraigado
nas pessoas e na pesquisa essas marcas ainda aparecem com
mais recall principalmente nas pessoas com mais de quarenta
anos. Essas pessoas acabam lembrando da marca e não
do produto, pois como sabemos a Gilette na realidade é
uma lâmina de barbear e a Maizena é amido de
milho. É a questão da tradição.
No caso dos bancos a gente percebeu mais a força do
Itaú, pelo trabalho intensivo que eles fazem na mídia.
Ele foi o mais lembrado no estado do Paraná em decorrência
da aquisição do Banestado. O Banestado, vinha
rivalizando com o Banco do Brasil, o que acabou ajudando o
Itaú a ficar em primeiro lugar na pesquisa.
Elton: Lembrando que essa pesquisa foi feita nos três
estados da região sul.
Jorge: Nós não falamos muito da metodologia.
Esse trabalho foi feito em parceria com o Instituto MAPA e
é a única pesquisa que abrange os três
estados do sul. Foram 2.001 entrevistas divididas igualmente
nos três estados e ela nos dá o universo de como
as pessoas pensam em relação às marcas,
como consomem e o que consomem os quase 23,5 milhões
de habitantes que compõem os estados do Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Elton:
A marca que vem na cabeça do consumidor, você
acha que é aquela que você vê de vez em
quando ou aquela que você vê sempre?
Jorge: Alguns especialistas falam que essa pesquisa
é um referencial mas não é tão
importante porque ela codifica as opiniões em uma determinada
época do ano. Se uma marca estiver mais em evidência
na época em que é realizada a pesquisa ela pode
ser mais lembrada que a concorrente. De fato, pode ter algum
impacto. Mas o que percebemos é que aquelas marcas
que estão em constante contato com o consumidor, como
é o caso por exemplo da Coca-Cola, são as marcas
mais lembradas.
Elton:
Aliás, a Coca-Cola é disparada a mais lembrada
com 72%. Em segundo lugar está o Guaraná Antártica
com 10% e em terceiro a Pepsi com 7%.
Jorge: E isso não é o market share,
que no caso dessas empresas é diferente. No caso das
tubaínas, que estão com quase 20% do mercado,
elas tem um percentual importante mas não fazem tanta
comunicação. São lembradas como marcas
ideais, seguindo a velha situação de que: é
a marca que você consome e não a marca que você
gostaria de consumir, por questão de poder aquisitivo.
Isso também tem influência no caso de um refrigerante.
Nós estamos falando do market share da Coca-Cola que
é excelente mas a comunicação dela é
que ainda prevalece nessa questão da lembrança
da marca.
Elton:
Fale um pouco sobre a próxima edição
da revista.
Jorge:
Nós estamos trabalhando agora na edição
das 300 maiores empresas do Sul do Brasil. E temos até
uma informação que podemos divulgar aqui no
Tá na Mídia em primeira mão: As 300 maiores
empresas faturaram 12% a mais que no ano anterior. O trabalho
que estamos fazendo é sobre o balanço das empresas
em 2001. Então podemos dizer que as 300 maiores empresas
de 2001 faturaram 12% a mais que as 300 maiores do ano 2000.
A média nacional por exemplo, ficou em 5% de crescimento.
Isso mostra que o sul do Brasil tem muita tradição,
e cresce pela questão da exportação e
pela força e competência de suas empresas. É
um resultado expressivo, que demonstra o crescimento das empresas
da região sul.
Elton:
Dessas 300 empresas, o percentual de quantas se manteve nesse
grupo em relação ao ano anterior, você
tem idéia?
Jorge: O percentual exato eu não poderei precisar
mas, a variação é pequena e se dá
nas empresas que estão no final do ranking. Algumas
entram e outras acabam saindo, até porque a competição
entre elas é muito mais equilibrada, mais nivelada,
pois são empresas com faturamento de 10, 15 e até
20 milhões de reais/ano. Um fato isolado que aconteça
em uma destas empresas pode mudar em 20 ou 30% o seu faturamento
e, por conseguinte, tirá-la do ranking. Em contrapartida
as empresas que estão no topo do ranking estão
se mantendo lá há algum tempo.
Elton:
Para encerrar Jorge, deixe conosco as formas de contato para
quem quiser adquirir a Revista Expressão:
Jorge: O contato pode ser pelo fone (48) 222-9000.
Temos também o 0800 482101 que é gratuito, e
serve para aquisição isolada ou assinatura.
Elton:
Muito obrigado Jorge pela entrevista e sucesso com a Expressão.
Maiores informações sobre a Revista Expressão
no site:
www.expressao.com.br
10/08/2002
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